Apesar da necessidade de tentarmos manter a sanidade mental e a esperança, é preciso ser realista. E, infelizmente, o cenário da economia aponta para um futuro extremamente grave no Brasil, nos mais diversos setores, com quebradeira geral e desemprego em massa. Neste mês, quando vencer o prazo dos 60 dias de salários subsidiados pelo governo, é possível que as demissões cresçam muito tanto no comércio quanto no setor de serviços. Em Santa Maria, já há relatos de várias empresas fechando as portas. E no caso do transporte coletivo, há risco também de atrasos e demissões aqui na cidade, enquanto em todo o Brasil, a perspectiva é tenebrosa: o presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Vieira da Cunha Filho, acredita que metade das empresas de ônibus do Brasil acabarão falindo por não ter mais condições de operar, pois já estavam devendo e ficarão superendividadas devido à queda expressiva do movimento. A informação foi publicada pelo Diário do Transporte.
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Segundo o site, Cunha disse que, enquanto há casos de má gestão, existe também o problema de empresas de ônibus que operam em cidades onde o sistema de transporte coletivo enfrenta problemas e já era deficitário. E agora com a pandemia, as empresas estão circulando com 50% a 60% dos veículos, mas transportando só 20% do volume normal de passageiros.
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Em Santa Maria, ao menos, não há sinais de empresas de transporte à beira da falência, mas a situação preocupa bastante os empresários do setor. Aqui na região, a empresa Vical, de Caçapava do Sul, havia anunciado que fecharia as portas e não faria mais o transporte coletivo na cidade a partir de 5 de junho. Na semana passada, voltou atrás e informou que vai manter as atividades e o serviço.
As ajudas do governo, como financiamentos a empresas, pagamento de parte dos salários e benefício dos R$ 600 a autônomos, têm contribuído para amenizar a crise na economia. Mas a situação é tão grave que essas medidas acabam sendo insuficientes, pois é quase impossível dar ajudas suficientes para manter empresas e empregos como era antes. Por isso, temos de nos preparar para um agravamento muito grande da recessão econômica e do desemprego daqui para a frente, nos mais variados setores.
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E no caso específico do transporte coletivo, o governo terá também de fazer algum programa de ajuda. Caso contrário, algumas cidades correrão o risco de ficar sem transporte público.